O processo de reabilitação física de um paciente deve ter por objetivo verificar e identificar possíveis ocorrências de déficits cognitivos, alterações afetivo emocionais, incapacidades físicas, bem como os quadros de patologias associadas e comorbidades. Quando um paciente adquire uma incapacidade física, ficando paraplégico, por exemplo, tem sua independência diminuída, e enfrenta muitas dificuldades. Estas transcendem o âmbito físico, e passam a influenciar nos aspectos psico-sociais do indivíduo.
É comum que o adoecer físico traga implicações psíquicas, estas muitas vezes impedem um restabelecimento adequado destes pacientes, assim como, muitas vezes observa-se que os pacientes apresentam dificuldades de aceitação do trabalho da própria fisioterapia e de sua doença. Compreender e aceitar mudanças, no nosso cotidiano, advindas de doenças ou acidentes, na maioria das vezes não é uma tarefa fácil.
O papel do psicólogo em uma equipe de reabilitação é a avaliação, acompanhamento, psicodiagnóstico e tratamento psicoterapêutico, individual e em grupo, a fim de identificar os aspectos das funções cognitivas e afetivo emocionais, bem como aspectos da personalidade e comportamento.
Essa modalidade psicoterapêutica tem por base o trabalho biopsicossocial, que integra o indivíduo como um todo, para que este possa tomar consciência de suas incapacidades físicas e/ou cognitivas e poder buscar novas formas de viver sua vida de forma adaptada, sempre enfatizando e valorizando todos os ganhos decorrentes do processo de reabilitação. O psicólogo numa instituição de reabilitação física atua na modalidade de psicoterapia breve, individual ou em grupo, dependendo do caso, com o foco na deficiência e os impactos que esta trouxe para o paciente e sua família, colaborando e atuando diretamente com a equipe interdisciplinar, realizando interconsultas quando se fizer necessário.
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